2- Um rapaz de uns trinta e poucos anos sobe apressadamente uma escadaria, parece estar imerso em seus pensamentos e um tanto alheio ao que ocorre ao seu redor. Esbarra em uma moça que vem em sentido contrário, ela carrega um carrinho de bebê e algumas bolsas, seus ombros estão tensos e sua atenção está toda voltada para o carrinho, por esse motivo talvez não tenha notado o rapaz ou, tendo-o visto, não pôde evitar a leve colisão. Desequilibra-se. O rapaz, surpreendentemente, continua seu caminho, nada fazendo para ajudá-la. Olha-a, o que é ela para ele? Seu olhar é indiferente... Um menino vem logo atrás e, como fez o adulto, busca livrar-se do empecilho representado por aquela mulher "desajeitada". O que é ela para o menino? O mesmo que foi para o rapaz, que, de tão mergulhado em si, não via com olhos de ver, nem moça, nem menino.
Repare que os dois exemplos descrevem a mesma situação, o primeiro de uma forma mais fria, já o segundo aborda questões mais subjetivas, psicológicas, tentando resgatar o sentido expresso no filme.
A primeira descrição serviria melhor a um B.O. policial, enquanto a segunda se aproximaria mais de um texto literário.
Vale lembrar que escrever exige reflexão, nenhum parágrafo nasce pronto. Reler o que escrevemos é sempre um ótimo recurso para aprimorarmos nosso texto. Sempre há algo a ser melhorado!
Utilizar-se de metáforas, sinestesias, personificações e outras figuras de linguagem também pode criar descrições bastante interessantes.
Clique aqui e leia a produção de alguns alunos.
Exercícios e interpretação de textos descritivos.
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