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PROPOSTAS E MODELOS PARA ENEM

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29 de ago. de 2008

Sobre descrição

Foi pedido a alguns alunos que assistissem a dois vídeos (ambos no tópico EXEMPLOS, neste blog). Esses filmes apresentam uma seqüência de ações. O intuito era que fizessem uma narrativa descrevendo exatamente o que viram. O leitor deste tópico, se assistir a ambos, perceberá que além de simples ações, o conteúdo mostrado apela para a subjetividade do tema de cada vídeo. Isto é, não são ações corriqueiras, são, sim, apelos à emoção do espectador. Portanto, ao tentar descrevê-las, é importante não perder a atmosfera que acompanha cada imagem. Caso isso ocorra, será produzida uma descrição fria, quase técnica das imagens, esvaziando toda a carga de sentido trazida pelas ações retratadas.

Observe os exemplos:

1- Um rapaz de uns trinta e poucos anos, ao subir uma escadaria, esbarra em uma moça que vem em sentido contrário carregando um carrinho de bebê e algumas bolsas. A moça se desequilibra, mas o rapaz continua seu caminho, procurando desviar-se, olha-a e nada faz para ajudá-la. É seguido por um menino que o imita.

2- Um rapaz de uns trinta e poucos anos sobe apressadamente uma escadaria, parece estar imerso em seus pensamentos e um tanto alheio ao que ocorre ao seu redor. Esbarra em uma moça que vem em sentido contrário, ela carrega um carrinho de bebê e algumas bolsas, seus ombros estão tensos e sua atenção está toda voltada para o carrinho, por esse motivo talvez não tenha notado o rapaz ou, tendo-o visto, não pôde evitar a leve colisão. Desequilibra-se. O rapaz, surpreendentemente, continua seu caminho, nada fazendo para ajudá-la. Olha-a, o que é ela para ele? Seu olhar é indiferente... Um menino vem logo atrás e, como fez o adulto, busca livrar-se do empecilho representado por aquela mulher "desajeitada". O que é ela para o menino? O mesmo que foi para o rapaz, que, de tão mergulhado em si, não via com olhos de ver, nem moça, nem menino.

Repare que os dois exemplos descrevem a mesma situação, o primeiro de uma forma mais fria, já o segundo aborda questões mais subjetivas, psicológicas, tentando resgatar o sentido expresso no filme.

A primeira descrição serviria melhor a um B.O. policial, enquanto a segunda se aproximaria mais de um texto literário.

Vale lembrar que escrever exige reflexão, nenhum parágrafo nasce pronto. Reler o que escrevemos é sempre um ótimo recurso para aprimorarmos nosso texto. Sempre há algo a ser melhorado!

Utilizar-se de metáforas, sinestesias, personificações e outras figuras de linguagem também pode criar descrições bastante interessantes.

Clique aqui e leia a produção de alguns alunos.

Exercícios e interpretação de textos descritivos.

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QUIZ: POR QUE OU POR QUÊ?

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