Alegoria é uma palavra que vem do grego, podendo ser traduzida como "outra forma de dizer".
É um recurso bastante utilizado na literatura e nas tradições orais, seja nas fábulas, parábolas, nos mitos ou até em romances. Para além do mundo da palavra, ela também pode existir em imagens, pinturas, esculturas, dramatizações e até no cinema.
Uma de suas principais características reside em seu poder de síntese. Isso confere a ela, geralmente, mais de uma possibilidade de interpretação, e nisso consiste sua riqueza.
As experiências por que passamos e o repertório cultural e intelectual conquistado por nós no decorrer de nossas vidas podem contribuir para que uma mesma alegoria adquira novos significados, isso porque quem confere sentido a ela é cada indivíduo.
É comum também verificar que a alegoria encerra uma idéia abrangente, mais abstrata, a qual pode se ajustar a contextos específicos diferentes. Por exemplo, uma alegoria pode encerrar a seguinte idéia: O injusto há sempre de ser punido.
Tal idéia, geral, pode ser aplicada a uma criança que tenta levar vantagem sobre alguém em uma situação corriqueira, assim como a um ladrão e assassino temido que morre em um acidente trágico. Por esse motivo muitas alegorias atravessam o tempo sem sofrer prejuízos, podendo ser aplicadas a contextos inexistentes em outras épocas.
Esse é o caso do texto escrito por Rubem Alves, na revista Educação, em março de 2008. Nele o autor atualiza o Mito da Caverna e o Mito do Titã Prometeu , reunindo-os e transformando-os, de modo a criar uma nova alegoria para um problema contemporâneo: a relação entre progresso e meio ambiente. Clique aqui e leia o texto!
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