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3 de set. de 2008

Sobre política e politicagem

É comum ouvir que a juventude não se interessa por política. Ora, e quantos são os que realmente se interessam por esse tema? Seriamente, acredito que poucos.

Não é para menos, na mídia vê-se e ouve-se mais sobre politicagem e bandidos disfarçados de políticos do que sobre a política propriamente dita. Debates mais profundos e esclarecedores só mesmo em programas de TV que vão ao ar em horários pouco atraentes, ou na mídia impressa, voltada a um público bem definido.

Se por um lado seduzem-se os jovens com imagens banais e promíscuas, por outro, há pouco ou nenhum esforço para se conduzir quem quer que seja ao entendimento de seu papel político.

Em uma sociedade acostumada à sedução, até mesmo os políticos preferem seduzir pela imagem e emoção a conduzir pela informação e argumentação franca.

Há poucos dias, recebi uma carta de um candidato a vereador (lembremo-nos de que estamos em ano de eleições). Na verdade não era bem uma carta, era um envelope com santinhos de campanha e material de partido, um bilhete impresso em gráfica agradecia-me antecipadamente e um outro me convidava a adquirir mais material de campanha. Seu nome, colorido, bem estampado, estava junto com seu número e sua foto, na qual se verificava um semi-sorriso, num misto de austeridade e simpatia. Será que eu deveria ficar comovido?

Algumas palavras estavam estampadas no santinho: Amor, Paz, Saúde, Determinação, Fé, Trabalho, Dedicação, Lar, Humildade, Educação... Olhei no calendário, por um momento o santinho me fizera pensar no Ano Novo, mas, não, era finalzinho de agosto mesmo.

Não havia no santinho ou em outra parte qualquer do envelope uma proposta de governo ou a linha de atuação desse candidato, saúde, transporte, educação, meio ambiente, nada! Para não dizerem que eu estou omitindo informações, um folheto um pouco maior continha fotos do ilustre homem no Parque do Ibirapuera e na companhia de outras pessoas, em reuniões aparentemente importantes (mais uma vez a imagem). O que ele disse ou fez por ali... bom...

Sei que é publicitário, já foi reeleito algumas vezes, sorri, cumprimenta conhecidos e desconhecidos, promove churrascos, não parece ser desonesto. Mostra-se bastante competente como publicitário, vende em todas as eleições seu principal produto: ele mesmo. Mas será que é competente como político, no sentido mais puro da palavra?

Talvez... Sinceramente, eu não acredito. Entretanto tenho certeza de uma coisa: o ilustre homem vai ser reeleito, pode escrever. Faz tempo ele aprendeu a jogar um jogo em que ele sabe direitinho como mexer os peões.

Sabe, ele até me deu uma idéia. Vou usar a fórmula dele em minhas aulas: “Oi, pessoal! E, aí, moleque... Te desejo muito amor, paz! E aí, menina, que sorriso bonito! E a família? Poxa, que mochila legal! Nossa, pessoal, muita felicidade para vocês! – estou certo de que todos dirão: “Nossa, que professor legal! Ele se importa com a gente, ele gosta da gente!” – e a aula vai acabar... aula? – “Queremos o Leo! Queremos o Leo!”

E no futuro talvez eu seja lembrado: “Meu, eu tive um professor tão legal!”

Era um professor ou só um cara legal?

Não sei, mas ainda não consigo um bom emprego entregando santinhos, por que será que o ilustre homem consegue?

Responde aí, jovem!

Visite o site www.votoconsciente.org.br e forme sua opinião!

3 comentários:

Anônimo disse...

Se você quer saber um pouco mais sobre a vida política da cidade de São Paulo, visite o site da ong Voto Consciente. Nele você encontrará explicações sobre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e o papel exercido pelo presidente, senadores, deputados, governadores, prefeitos e vereadores.
Há também artigos informando a respeito dos projetos de lei votados em São Paulo e sobre a atuação dos políticos dessa cidade.
Confira:

www.votoconsciente.org.br

Anônimo disse...

EHHH!! Gostei do cartaz, eu vou votar no Tio Leo!
Olha a respeito dos políticos já me iludi muito com isso, já fui até engajada hoje sou uma cidadã desanimada politicamente...
Ontem fiquei sabendo que um conhecido que é paticipante da UMES não é tão "engajado politicamente" como demonstra, admite que em troca de R$400,00 mais uma geladeira garantiu que consegue para uma vereadora 500 votos para ajudá-la.
Fiquei duplamente desanimada, pensei: "mais uma geração de políticos corruptos está nascendo".
Quando será que a compra de votos em troca de "dentaduras" vai acabar?

Anônimo disse...

Realmente, essa prática que você descreveu é muito comum e até milenar. Seu conhecido está vendendo a influência dele por qualquer trocado. É como fazer um pacto com o diabo, depois não adianta reclamar. Qual é a diferença entre ele que se vende por R$400,00 e um político que se vende por 1 milhão?
Moralmente nenhuma!
O pior de tudo é que ele trairá a confiança que 500 pessoas depositam nele por um eletrodoméstico e um "troco de pinga".
Seria diferente se essa vereadora o contratasse para trabalhar para ela durante as eleições, entregando santinhos e esclarecendo eleitores a respeito dos projetos políticos defendidos por ela. Desse modo a conquista de 500 votos seria pela persuasão por meio da razão, não por meio da mera indicação a quem se deixa levar pelo conselho "amigo".Então ele teria um emprego, nem seria obrigado a revelar seu voto, pois voto é secreto. Manteria sua integridade, assim como um corretor de imóveis que simplesmente apresenta o imóvel. Ele não precisa ficar dizendo:"Ei, compra essa casa, ela é tão boa. Se eu fosse você compraria". Ele somente diria: "Olha essa casa (essa candidata), ela tem (atua em defesa disso) isso, isso e isso. Serve para você?"
Agindo assim, ele seria honesto e compraria a geladeira que precisa, sem ter que se vender.

QUIZ: POR QUE OU POR QUÊ?

Havendo dificuldade em visualizar o quiz, clique no link abaixo: