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4 de fev. de 2009

Literatura 2

Como já foi comentado, grande parte da Literatura nasce na tradição oral, ligando-se fortemente à cultura e aos valores de um povo ou de um grupo de pessoas afins. A contação de histórias ajudava a construir a identidade de grupo e a transmitir de forma subjetiva valores considerados necessários muitas vezes à sua sobrevivência.

Nas raízes da literatura ocidental, encontram-se as obras Ilíada e Odisseia, atribuídas ao poeta Homero. Na primeira, narra-se o desenrolar da guerra de Troia, motivada pela honra manchada do rei Menelau, irmão de Agamênon. Sua esposa Helena fora raptada por Páris, irmão do admirado guerreiro Heitor, ambos filhos do rei de Troia.

Agamênon, rei mais poderoso entre os gregos, recruta nas diversas cidades-estado gregas frotas armadas para supostamente defender os interesses de seu irmão, entretanto nutrindo incontido desejo de glória pessoal e vontade de domínio para além das fronteiras da Grécia.

Para dar prosseguimento ao seu intento de promover essa guerra, será no entanto necessário contar com o Rei de Ítaca (cidade-estado grega), Ulisses, em grego, Odisseu.

Ulisses, guerreiro famoso, além de se destacar por seu hábil manejo das armas, sobretudo do arco, tem vigorosa inteligência e astúcia, sendo conhecido por solucionar problemas de maneira bastante criativa e incomum. Conta com o amparo da deusa da sabedoria Minerva, em grego, Atena.

Ulisses entende ser imprescindível o auxílio do lendário Aquiles, primo do também valoroso Ájax. O semideus decide acompanhar o ítaco para guerra após consultar sua mãe, Tétis, uma das musas das águas, a qual o adverte que, se não lutasse, sua vida seria feliz, longa e próspera, entretanto morreria esquecido para os séculos futuros. Do contrário, lutando, teria seu nome exaltado pelos poetas e conheceria a imortalidade, não do corpo, mas na imaginação e respeito das gerações vindouras.

Como guerreiro que era, ansioso pela "boa morte" (a morte no campo de batalha) e seduzido pela ideia de imortalidade , Aquiles seguiu para Troia.
Haverá por isso muitos conflitos entre ele e Agamênon, este último desejoso de humilhar seu mais importante guerreiro. Tal indisposição entre as figuras mais importantes do exército grego criará uma instabilidade entre as tropas que amargariam dez terríveis anos até a queda da cidade murada.

A guerra é então vencida com a astúcia de Ulisses, que inspirado por Atena, põe em ação a ideia do cavalo de Troia.

Há muitos detalhes interessantes ao longo dessa narrativa épica feita originalmente em versos. A partir de pequenos episódios, outros poetas criaram histórias trágicas e cômicas que são encenadas em teatros até hoje.

O que nos convém, entretanto, destacar, é a força simbólica contida nos mitos de Aquiles e Ulisses. Ambos seriam as principais referências para formação dos guerreiros gregos, para criação de seus valores e para inspiração durante os dias de batalhas reais, nas quais o sangue vertido era verdadeiro e a morte não era só mais o capítulo de uma história cheia de aventuras.

Sob esse aspecto, a literatura era indissociável da própria vida.

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OBS.: QUEM LEU COM ATENÇÃO O TEXTO ACIMA DEVE TER PERCEBIDO A AUSÊNCIA DE ACENTUAÇÃO NAS PALAVRAS "ODISSEIA", "IDEIA" E "TROIA". ISSO DEVE-SE ÀS NOVAS REGRAS DE ORTOGRAFIA.

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