SIMBOLISMO
- Teoria das Correspondências
- Swedenborg / Charles Baudelaire
- Unidade entre Matéria e Espírito
CORRESPONDÊNCIAS
A Natureza é um templo onde vivos pilares
Deixam filtrar não raro insólitos enredos;
O homem o cruza em meio a um bosque de
[segredos
Que ali espreitam com seus olhos familiares"
- Mundo Fenomênico - Símbolo
- Interpretação dos Símbolos
- Inconsciente
- Subjetivismo
- Música: a mais abstrata das artes
- Culto ao Vago e Misterioso
- Poeta: Ser Sensível e Inspirado
ALBATROZ
Às vezes, por prazer, os homens de equipagem
Pegam um albatroz, enorme ave marinha,
Que segue, companheiro indolente de viagem,
O navio que sobre os abismos caminha.
Mal o põem no convés por sobre as pranchas rasas,
Esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado,
Deixa doridamente as grandes e alvas asas
Como remos cair e arrastar-se a seu lado.
Que sem graça é o viajor alado sem seu nimbo!
Ave tão bela, como está cômica e feia!
Um o irrita chegando ao seu bico em cachimbo,
Outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia!
O poeta é semelhante ao príncipe da altura
Que busca a tempestade e ri da flecha no ar;
Exilado no chão, em meio à corja impura,
As asas de gigante impedem-no de andar.
- Charles Baudelaire – Flores do Mal
O ASSINALADO
Tu és o Louco da imortal loucura,
o louco da loucura mais suprema.
A terra é sempre a tua negra algema,
prende-te nela a extrema Desventura.
Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
faz que tu'alma suplicando gema
e rebente em estrelas de ternura.
Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco.
Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!
- Cruz e Sousa
Poesia: Expressão dos Mistérios da Existência Humana
Dados Históricos
- 1893 – “Missal” e “Broquéis”, C.S.
- Belle Époque / Decadentismo – FR.
- Brasil – 1ª República
- Psicanálise - Freud
- Mallarmé
Temas:
- Descrição: Momentos (Subjetividade)
- Descrição: Tonalidades / Sensações
- Ambientes Oníricos
Forma:
- Versos (Melopeia)
- Musicalidade / Sugestão
- Aliterações
- Assonâncias
- Sinestesias
- Substantivos e Adjetivos Abstratos
- Palavras utilizadas em sentido Absoluto
- Uso do “Maiúsculo Alegorizante”
- Vocabulário Litúrgico
VIOLÕES QUE CHORAM
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
(...)
Autores:
- Cruz e Sousa (1861-1898)
- Alphonsus de Guimarães (1870-1921)
- Augusto dos Anjos (1884-1914) ?
O GRANDE MOMENTO
Inicia-te, enfim, Alma imprevista,
Entra no seio dos Iniciados.
Esperam-te de luz maravilhados
Os Dons que vão te consagrar Artista.
Toda uma Esfera te deslumbra a vista,
Os ativos sentidos requintados.
Céus e mais céus e céus transfigurados
Abrem-te as portas da imortal Conquista.
Eis o grande Momento prodigioso
Para entrares sereno e majestoso
Num mundo estranho d'esplendor sidéreo.
Borboleta de sol, surge da lesma...
Oh! vai, entra na posse de ti mesma,
Quebra os selos augustos do Mistério!
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