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21 de jul. de 2011

Vanguardas Europeias

VANGUARDAS EUROPEIAS


EXPRESSIONISMO



- Final do séc. XIX até 1930

- Alemanha


- Desdobramento do Pós-Impressionismo

- "Van Gogh"; Munch; Gauguin; Paul Klee

- O termo “Expressionismo” surge em 1911

- Defesa à expressão do irracional

- Impulsos e Paixões

- Subjetividade

- Distanciamento da Figuratividade

- Traços e cores fortes

- Refletiu-se também no Cinema e no Teatro

- Foi chamado de “Arte Degenerada” pelo Nazismo

- No Brasil: Lasar Segall, Osvaldo Goeldi e Anita Malfatti


FAUVISMO OU FOVISMO:


- 1905 – 1907

"Fauves” – feras

- Pincelada violenta, espontânea e definitiva;

- Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspon-dendo à realidade;

- Autonomização completa do real;

- Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;

- Pintura por manchas largas, formando grandes planos;



- "uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes" - Matisse


- Henry Matisse

- Georges Braque

- Andre Derain

- Georges Roualt

- Kees van Dongen

- Raoul Dufy



CUBISMO:


- 1907 – 1912

- Fase cezannista entre 1907 e 1909

- Fase analítica ou hermética entre 1909 a 1912 - se caracterizava pela desestruturação da obra, pela decomposição de suas partes constitutivas;

- Fase sintética (contendo a experimentação das colagens) - reação ao cubismo analítico, que tentava tornar as figuras novamente reconhecíveis.

- “O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes”


- Pablo Picasso

- George Braque

- "Não se imita aquilo que se quer criar”

- Juan Gris

- Fernand Léger

- Literatura: Guillaume Apollinaire


Manifesto Cubista



A pintura cubista


As virtudes plásticas: a pureza, a unidade, a verdade tem abaixo de si a natureza domada. Inutilmente se cobre o arco íris, as estações mudam, as multidões correm até a morte, a ciência desfaz e recompõe o que existe, os mundos se distanciam para sempre de nossa concepção, nossas fugazes imagens se repetem ou ressuscitam sua inconsciência e suas cores, os odores, os rumores, que impressionam nossos sentidos nos surpreendem, para desaparecer depois na natureza. Este fenômeno de beleza não é eterno. Sabemos que nosso espírito não teve princípio e que nunca cessará, porém, diante de tudo, formamos o conceito de criação e de fim do mundo. Sem dúvida, muitos artistas-pintores seguem adorando as plantas, as pedras, a onda ou os homens.

Nos acostumamos logo a escravidão do mistério, que termina por criar doces prazeres. Deixamos aos obreiros governar o universo, e os jardineiros têm menos respeito à natureza que os artistas. Já é ora de sermos seus amos. A boa vontade não garante em absoluto a vitória. Deste lado da eternidade dançam as mortais formas do amor e o nome da natureza resume sua péssima disciplina. A chama é o símbolo da pintura e as três virtudes clássicas flamejam radiantes. A chama tem esta unidade mágica pela qual, se divide, cada pequena chama é semelhante à chama única. Finalmente, tem a verdade sublime da luz que nada pode negra. Os artistas-pintores virtuosos desta época ocidental consideram sua pureza em oposição às forças naturais. Ela é o esquecimento depois da pintura de estúdio. E para que um artista puro morresse não deveriam ter existido todos aqueles dos séculos passados. A pintura se purifica no ocidente com aquela lógica ideal que os pintores antigos transmitiram aos novos como lhes dessem a vida. E isto é tudo. Um homem vive no prazer, outro na dor, alguns acabam com a herança, outros se fazem ricos, e outros, finalmente, não têm mais que a vida. E isto é tudo. Não se pode levar consigo a todas as partes o cadáver de nosso próprio pai. Se lhe abandona em companhia dos mortos. Se lhe recorda, se lhe chora, se lhe fala dele com admiração. E, se nos toca chegar a ser pais, não devemos esperar que um de nossos filhos vá desdobrar-se pela vida de nosso cadáver. Porém em vão nossos pés se levantam do solo que guarda os mortos. Estimar a pureza é batizar o instinto, humanizar a arte e divinizar a personalidade. A raiz, se cortada, a flor de lis mostra a progressão da pureza até sua floração simbólica.

Todos os corpos são iguais ante a luz e suas modificações surgem deste poder luminoso que constrói à sua vontade. Nós não conhecemos todos as cores e cada homem inventa novas. Porém o pintor deve, diante de todos, representar sua divindade, e os quadros que oferece à admiração dos homens lhe concedem a glória de exercer momentaneamente sua própria divindade. Para isto é necessário abarcar com uma olhada o passado, o presente e o futuro. O quadro deve representar esta unidade essencial que por si só provoca êxtase. Então nada fugitivo nos arrastará ao azar. Nós voltaremos atrás bruscamente. Livres espectadores, não abandonaremos nossa vida por nossa curiosidade.


FUTURISMO:


1909 – Filippo Marinetti

- Desvalorização da tradição e do moralismo;

- Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;

- Propaganda como principal forma de comunicação;

- Uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;

- Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a ideia de velocidade;

- Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a ideia de movimento e dinamismo;

- Les mots en liberté ("Liberdade para as palavras")



Manifesto do Futurismo


1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.

3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.

4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.

5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.

(...)

8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente.

(...)

11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.



É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "Futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários.

(...)



DADAÍSMO



- 1915 – Cabaret Voltaire – Suíça

- Tristan Tzara, Hugo Ball, Hans Arp

- "Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso." - Tristan Tzara

- "Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano." - Tristan Tzara


Como fazer um poema dadaísta:


Pegue um jornal.



Pegue a tesoura.

Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.

Recorte o artigo.

Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.

Agite suavemente.

Tire em seguida cada pedaço um após o outro.

Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.

O poema se parecerá com você.

E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.


SURREALISMO:

- 1924 – Manifesto assinado por André Breton

- Influência do Dadaísmo e da pintura metafísica de Giorgio De Chirico

- Influência da Psicanálise (Freud)

- Representação do irracional, da imaginação, do onírico e do subconsciente

- Proposta da livre-associação e do automatismo

- Fantasia, Melancolia, Tristeza



Artistas:



- André Breton

- Salvador Dali

- Luis Buñuel (Cão Andaluz)

- Miró

- Max Ernest

- René Magritte



Trechos do Manifesto:



“A atitude realista é fruto da mediocridade, do ódio, e da presunção rasteira. É dela que nascem os livros que insultam a inteligência.”



“A mania incurável de reduzir o desconhecido ao conhecido, ao classificável, só serve para entorpecer cérebros.”



“Hoje em dia, os métodos da Lógica só servem para resolver problemas secundários”.



“A extrema diferença de importância, que, aos olhos do observador ordinário, tem os acontecimentos de vigília e os do sono sempre me encheu de espanto. (...) Talvez o meu sonho da noite passada tenha dado prosseguimento ao da noite anterior e continue na próxima noite com rigor meritório.”



“Digamo-lo claramente de uma vez por todas: o maravilhoso é sempre belo; qualquer tipo de maravilhoso é belo, só o maravilhoso é belo. (...) Desde cedo as crianças são apartadas do maravilhoso, de modo que, quando crescem, já não possuem uma virgindade de espírito que lhes permita sentir extremo prazer na leitura de um conto infantil.”



“Oxalá chegue o dia em que a poesia decrete o fim do dinheiro e rompa sozinha o pão do céu na terra.”



“Em homenagem a Gullaume Apollinaire, Soulpault e eu demos o nome de SURREALISMO ao novo modo de expressão que tínhamos à nossa disposição e que estávamos ansiosos por pôr ao alcance de nossos amigos”



“O surrealismo não permite aos que a ele se consagram, abandoná-lo quando lhes apetece fazê-lo. Ele atua sobre a mente como os entorpecentes e muitos outros de épocas relacionadas.”



“A mente que mergulha no surrealismo revive, com exaltação, a melhor parte de sua infância.”



"Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares."



"Só o que me exalta ainda é a única palavra: liberdade. Eu a considero apropriada para manter, indefinidamente, o velho fanatismo humano."



















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