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29 de dez. de 2020

MODELO: ENSINO DOMICILIAR - HOMESCHOOLING

 

MODELO

Professor em Domicílio

 

          Felizmente, o ensino domiciliar, combinado ao EaD, desempenhou relevante papel no processo de formação de crianças e jovens em países como Noruega, Suécia e Inglaterra, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial. Essa prática, contando com a didática desenvolvida para o aprendizado por correspondência e também com recursos como rádio e TV, foi imprescindível para que alunos de zonas rurais e com obstáculos gerados por questões climáticas adquirissem formação adequada. Contudo, é válido perguntar: seria o contexto social brasileiro apropriado à adoção desse modelo de ensino?

          Conforme se testemunhou nas duas últimas décadas, aparentemente, sim. Isso porque duas ondas de pais já surgiram bem atuantes nesse sentido, reivindicando o direito de instrução domiciliar de seus filhos. A primeira, talvez mais legítima, considerava, com razão, que o ensino público era incapaz de fornecer, de modo geral, bom grau de instrução a seus filhos. Já a segunda onda, de caráter mais duvidoso, formada por setores extremamente conservadores da sociedade, manifesta o desejo de apartar os filhos do convívio com as diferenças, bem como do conhecimento de ideias e contextos plurais.

          Em contrapartida, que pesem críticas a esse segundo grupo e problematizações ao primeiro, à parte dessas demandas, o também chamado homeschooling pode ser bastante válido, caso adotado para superação de certas barreiras. Nesse sentido, a própria experiência atual com a Covid-19, demonstra que estratégias institucionalizadas de ensino a distância e ensino remoto, intermediada por professores com formação adequada, estendendo o ensino ao ambiente doméstico, embora não seja ideal, têm relevância compensatória, ao permitir a continuidade dos estudos em casos especiais e adversos.

          É desejável, portanto, uma legislação que viabilize o ensino domiciliar em situações restritas, a partir de demandas específicas ou com aplicação híbrida, ou seja, junto da formação presencial, em séries adequadas. Para tanto, o MEC deve, em conjunto com secretarias estaduais e municipais de educação, estabelecer um currículo obrigatório ao ensino domiciliar, com avaliações presenciais sistemáticas e frequentes, a exemplo das experiências bem-sucedidas de outros países. Somado a isso, é imperioso se investir em tecnologias de EaD e formação de professores para trabalhar com ensino remoto. Assim, será possível equilibrar-se uma equação: em casa talvez, mas nunca sem um professor.

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