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20 de mar. de 2012

Repertório: Educação / Pais

Relação entre pais e filhos

Em algumas correntes da psicologia, apresentam-se de maneira geral três tipos básicos de pais: autoritativos (que exercem autoridade); autoritários (que abusam de sua autoridade); e permissivos. Além desses, podem-se considerar também os pais superprotetores.


Imposição de limites (pais autoritativos)


Finalidade:

Combater os impulsos egocêntricos das crianças e adolescentes a fim de prepará-los para uma vida saudável em sociedade, bem como para que se tornem adultos emancipados, capazes de se responsabilizar pelos próprios atos e lidar de maneira construtiva tanto com as próprias emoções como com as dificuldades da vida prática.


Método:

Ponderam a respeito do que é útil e prejudicial à criança, bem como a repercussão que certos comportamentos, caso incentivados, poderão ter no futuro.

São firmes ao negar certas vontades das crianças ainda incapazes de entender argumentos.

Quanto aos filhos adolescentes, expõem a eles os motivos de suas proibições de forma convincente, apresentam experiências de vida e procuram, mais do que falar, exemplificar com a própria conduta aquilo que esperam dos filhos.

Demonstram respeito pelas opiniões dos filhos, ouvem-nos, mas não necessariamente se tornam condescendentes.

Demonstram afeto e se preocupam com o que os filhos sentem, procurando levá-los a lidar de maneira positiva tanto com suas frustrações quanto com outros tipos de sentimento.

Consequências: Filhos que, apesar de se sentirem às vezes contrariados, reconhecem que seus pais se importam consigo, nutrindo a expectativa de que se tornem adultos éticos e responsáveis, capazes de tomar decisões saudáveis em favor de si mesmos e da coletividade.

Jovens com boa autoestima, que não se dispõem a correr riscos desnecessários para provar seu valor a um grupo ou a si mesmos.

Futuros adultos capazes de responder pelos próprios atos, procurando emancipar-se dos pais, estando aptos a desenvolver relações amistosas e de afeto saudáveis e construtivas.


Imposição de limites ou caprichos (pais autoritários)


Geralmente pais que carregam frustrações, desequilíbrios e mágoas.

Finalidade:

Por estimar em demasia a obediência, tiranizam os filhos a fim de demonstrar sua total ascendência sobre eles. Costumam gabar-se da atitude submissa dos filhos.

Método:

Castigam de maneira exagerada os filhos, tanto por meio de agressões verbais quanto físicas, a pretexto de educá-los para serem pessoas boas e honestas, preparadas para a vida.

Humilham as crianças e adolescentes, demonstrando desprezo pelos gostos e opiniões desses jovens.

Chegam a desrespeitar as próprias regras, o que se torna mais um modo de demonstrar quem é que detém o poder.

Consequências:

Filhos frustrados, com autoestima baixa, sem referências claras quanto ao que é certo e errado.

Jovens que se sentem odiados pelos pais, a quem, ao invés de amar e respeitar, odedecem e temem.

Crianças e adolescentes, que distantes da presença de seus responsáveis, ou assumem atitudes tímidas, retraindo-se e evitando o convívio social, ou têm dificuldade em lidar com a própria agressividade, agindo muitas vezes por impulso.

Pessoas que se caracterizam por comportamentos autodestrutivos, demonstrando pouca habilidade para se relacionar e criar vínculos afetivos duradouros.

Indivíduos com extrema dificuldade em demonstrar afeto, muitas vezes carentes, dispostos a se envolver em situações de risco para se autoafirmar e conquistar o respeito de outros.

Futuros adultos inseguros, marcados por um sentimento de insatisfação e sensação de que são incompreendidos.

Falta de Limites (pais permissivos)

Pais que geralmente sentem dificuldade em criar vínculos com os filhos, por diferentes motivos, às vezes porque sentem culpa pelo pouco tempo que passam com eles, temendo então contrariá-los nos raros momentos em que estão juntos. Tornam-se condescendentes, permissivos, utilizando-se de compensações materiais a fim de amainarem o sentimento de culpa.

OU

Pais que superestimam seus filhos e confundem presentes, concessões e mimos com demonstração de afeto. Geralmente esses mesmos responsáveis têm dificuldade em lidar com limites.

Finalidade:

(em alguns casos) Remissão do sentimento de culpa dos pais.

(em alguns casos) Pais que procuram compensar a frustração de se sentirem incapazes de proporcionar aos filhos momentos de afetividade.

Evitar a demonstração de contrariedade dos filhos, a fim de conquistar sua aceitação.

Estimular manifestações de carinho, ainda que estas sejam conseguidas à base de troca.

Método:

Não negar as vontades dos filhos ou não dizer não com firmeza.

Mimar os filhos com presentes como uma forma de troca por determinado comportamento desejado.

Tentar convencer os filhos a agir de determinado modo por meio de chantagens emocionais.

Aceitar chantagens emocionais dos filhos.

Defender as atitudes dos filhos incondicionalmente, contra professores, vizinhos e outras pessoas que possam repreendê-los.

Acreditar que os problemas estão nos outros, nunca nos filhos.


Consequências:

Crianças rebeldes e insubordináveis, irritadiças quando obrigadas a obedecer.

Crianças e adolescentes com baixo rendimento escolar, não por conta da falta de capacidade de aprender, mas pelo pouco comprometimento e até desprezo pelo estudo.

Filhos que se sentem autossuficientes, onipotentes e especiais, com atitudes arrogantes e presunçosas, subestimando as pessoas à sua volta.

Jovens indiferentes às dificuldades e dores alheias, incapazes de demonstrar algum tipo de afetividade espontaneamente.

Jovens com tendências a submeter colegas a situações vexatórias e a praticar bullying.

Jovens e adultos que têm dificuldade em lidar com autoridades, com tendências a desrespeitar a lei.

Adultos que têm enorme dificuldade em se emancipar, uma vez que se tornam insubordináveis nos empregos que ocupam.

Pessoas frustradas com uma vida que não corresponde à autoimagem que criaram para si.

Potenciais usuários de drogas lícitas e ilícitas, que se expõem a situações de risco para se autoafirmar.

Jovens e adultos com dificuldade em desenvolver relacionamentos afetivos saudáveis.


Além desses arquétipos de pais, existem ainda os superprotetores, que impõem limites como uma forma de “proteger” os filhos, buscando poupá-los de viverem experiências que, sob o ponto de vista dos responsáveis, seriam difíceis e causadoras de algum tipo de sofrimento. Esses pais costumam subestimar o potencial dos filhos, que acabam muitas vezes infantilizados e sem coragem de tomarem atitudes por si mesmos. Crescem geralmente tímidos, tornando-se adultos inseguros, com dificuldades de se emanciparem emocional e financeiramente de seus genitores.

Assim como os filhos que tiveram pais permissivos, esses jovens, quando na fase adulta, costumam viver o que se chama de “adolescência prolongada”, demorando para deixar a casa dos pais, ainda que não faltem condições para fazê-lo.


(Informações baseadas em artigos de psicólogos e matérias de revistas de psicologia, principalmente da revista Psique, Editora Escala)

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