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25 de out. de 2016

MODELO ESTILO ENEM: TEMA – DISCURSO DE ÓDIO



MODELO ESTILO ENEM: TEMA – DISCURSO DE ÓDIO      

Institucionalização do bom senso



         “Yes, we can!” - com um slogan simples e extremamente simbólico,  Barack Obama conseguiu algo improvável: tornou-se o primeiro presidente negro da maior potência mundial. A imprevisibilidade de sua vitória residiu no fato de que, apesar de os EUA serem tradicionalmente uma democracia, essa nação possui uma história  marcada por um longo período de institucionalização do racismo. É certo, portanto, que de 5 décadas para cá, desde o assassinato de Martin Luther King e dos confrontos violentos entre brancos e negros norte-americanos, a mentalidade geral desse povo passou por profundas mudanças. Seria razoável, então, falar em cura da discriminação?

         Essa feliz possibilidade parece ser corroborada também mais recentemente pela Alemanha, país que protagonizou, há menos de 80 anos, episódios de extrema crueldade contra judeus, homossexuais e minorias étnicas. Isso porque, sendo herdeira de um discurso pan-germânico de superioridade racial, essa nação, diferentemente do passado, surpreendeu positivamente o mundo ao agir contrariamente ao posicionamento da comunidade europeia, uma vez que decidiu receber a imigração em massa de sírios refugiados de guerra. Talvez uma remissão do passado; certamente um desafio futuro.

         Se o Brasil, no entanto, não possui um histórico de violência generalizada fomentada a partir de discursos de ódio envolvendo a coletividade quase como um todo, somos obrigados a admitir que aqui existem casos de violência motivados pela discriminação de gênero, orientação sexual, raça e até por características estéticas. Sendo assim, os exemplos dos EUA e da Alemanha mostram-se emblemáticos também para nós. A fórmula deles já não é mais segredo: substituição do discurso do reforço das diferenças pelo discurso pautado nos anseios coletivos, na empatia e no sentimento de alteridade.

         Portanto, pode-se afirmar que há sim esperança para superação das contendas sociais originadas pelo preconceito. Com a contribuição da chamada Cultura de Paz e da ciência de solução de conflitos, bem como por meio do discurso agregador, que ressalta os anseios comuns, é possível atingir um novo patamar nas relações humanas. Esse conhecimento, no entanto, deve ser explorado, sobretudo, por líderes políticos e educadores, cuja voz é determinante aos novos rumos da coletividade. O papel da mídia nesse sentido, também é essencial. Isso feito, tudo o mais há de se colher com o tempo.

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