PROPOSTA
ESTILO ENEM – TEMA: DISCURSO DE ÓDIO
Leia o texto de apoio:
Era para
ser uma simples resenha da comédia Uma Ladra Sem Limites, mas o crítico
americano Rex Reed pegou pesado. "Hipopótamo fêmea", "do tamanho
de um trator" e "assustadoramente nojenta" foram algumas das
expressões que ele usou para a atriz Melissa McCarthy. Mesmo criticado, não
voltou atrás. Tudo, segundo o crítico, foi uma tentativa de alertar o público e
a própria Melissa sobre os perigos da obesidade: "Cada comediante obeso
que já fez piada sobre a doença agora está morto de acidente vascular cerebral,
doenças do coração, pressão alta e diabetes". A reação da atriz ao apoio
enviesado foi caridosa: "Sinto pena de quem está nadando em tanto ódio".
Polêmico e grosseiro, o episódio não deixa de ser um reflexo de como os obesos
passaram a ser vistos. Antes tratados com uma simpatia bonachona, hoje são
encarados de maneira negativa, e denunciam um nova forma de preconceito: a
gordofobia.
(…) Na TV, gordos são ridicularizados, sofrendo para fazer dieta e se exercitar em frente às câmeras. Fala-se de uma "epidemia de obesidade", e gordos recebem olhares de desaprovação, como se fossem emissários da peste negra. Companhias aéreas e marcas de roupas penalizam seus clientes mais pesados. No Brasil, o sobrepeso virou critério de seleção em concursos públicos e se transformou em nota de corte no mercado de trabalho - em uma entrevista, o publicitário e apresentador de TV Roberto Justus decretou que não se deve contratar quem está acima do peso, pois isso seria um sinal inequívoco de desequilíbrio e falta de inteligência. "Muitas campanhas contra a obesidade acabam envergonhando a quem deveriam ajudar, além de incitarem o ódio à gordura", diz Deborah. (...)
(…) Na TV, gordos são ridicularizados, sofrendo para fazer dieta e se exercitar em frente às câmeras. Fala-se de uma "epidemia de obesidade", e gordos recebem olhares de desaprovação, como se fossem emissários da peste negra. Companhias aéreas e marcas de roupas penalizam seus clientes mais pesados. No Brasil, o sobrepeso virou critério de seleção em concursos públicos e se transformou em nota de corte no mercado de trabalho - em uma entrevista, o publicitário e apresentador de TV Roberto Justus decretou que não se deve contratar quem está acima do peso, pois isso seria um sinal inequívoco de desequilíbrio e falta de inteligência. "Muitas campanhas contra a obesidade acabam envergonhando a quem deveriam ajudar, além de incitarem o ódio à gordura", diz Deborah. (...)
No
Brasil, o SUS gasta R$ 488 milhões anuais com tratamentos contra a obesidade.
Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em agosto, 51% dos brasileiros
estão acima do peso (sendo 17% obesos). Em 2011, eram 48%. Campanhas por uma
alimentação saudável e uma redução de peso são uma necessidade. O problema é
que às vezes elas favorecem o aumento do preconceito. "Muitas pessoas
desenvolvem um sentimento de rejeição pela obesidade mais pelos aspectos
estéticos e comportamentais do que pelo risco médico", diz Veloso.
Vigilantes dos pesados
Às vezes, o escracho esbarra no mau gosto. O comediante Jerry Seinfeld aproveitou um debate sobre uma reforma nutricional nas cantinas das escolas americanas para disparar: "Sou contra a proibição de refrigerantes. Sou a favor da continuação do processo de seleção darwinística da espécie humana por meio do consumo de bebidas com açúcar".
Grandes
companhias aéreas, como a americana United Airlines, já cobram dos gordinhos
uma poltrona extra para deixá-los viajar. A Southwest, empresa de voos de baixo
custo dos Estados Unidos, não só adota essa política como o diretor Kevin
Smith, de O Balconista e Procura-se Amy, foi obrigado a descer de uma de suas
aeronaves e seguir em outro avião por seu peso ter sido considerado uma ameaça
ao voo. Já a oceânica Samoa Air passou a cobrar os passageiros por peso: cada
quilo custa entre US$ 1 e US$ 4,16.
Mas quem
caiu na boca do povo foi a marca Abercrombie & Fitch. Em 2007, o
executivo-chefe da empresa, Mike Jeffries, disse que garotos "não
legais" e "mulheres gordas" não deviam usar a marca. (...)
Ser gordo
também pode ser um problema para quem quer entrar no serviço público. Em 2011,
cinco professoras aprovadas em concurso não puderam entrar para o funcionalismo
paulista devido à obesidade. (...)
PROPOSTA
Afirma Ana Lúcia
Valente:"...em todo lugar e a todo momento, atitudes de
preconceito e de discriminação acontecem. Mas as pessoas fingem não ver e
preferem não discutir esse fato. As conversas sobre o assunto são evitadas. No
Brasil, é comum ouvir-se: Aqui não temos esse tipo de problema!”
PROPOSTA
Com
base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o
tema “Discurso de ódio, problemas e propostas”. Apresente experiência ou
proposta de ação, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Seu texto deve possuir
entre 7 e 30 linhas. Cópias dos textos motivadores serão desconsideradas.
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