PARADIGMA ESTILO ENEM: EPIDEMIAS E SAÚDE PÚBLICA
Sobre posologias e
métodos
Mudam-se os nomes, renovam-se os
sintomas. O fato é que, ao longo da história, as epidemias vitimaram
indiscriminadamente milhares de pessoas. Foi assim com a Peste Negra, na Idade
Média; com a tuberculose, no séc. XIX; e com a gripe espanhola, no início do
século passado. Mais tarde deu-se o mesmo com a AIDS, com a dengue e com o risco
iminente do ebola. No entanto, se endemias, epidemias e pandemias estão longe
de ser verdadeiras novidades, é no mínimo razoável perguntarmo-nos o que pode
ser feito para minimizar ou até extinguir o contágio dessas e de outras doenças
infecciosas.
Felizmente, alguns ingredientes
dessa receita já nos foram dados há praticamente um século. Osvaldo Cruz e
Emílio Ribas, médicos sanitaristas pioneiros no tratamento de epidemias,
defenderam na prática a ação preventiva do Estado no campo da saúde pública.
Foram enfáticos ao ressaltar a necessidade de haver investimentos na produção
de vacinas, na promoção do saneamento básico e na educação da população, até
mesmo no que dizia respeito ao combate ao preconceito sofrido pelos doentes.
A partir dessa nova mentalidade, o
Brasil, embora não sem grandes desafios, conseguiu erradicar, desde 1989, a
poliomielite, por meio de ostensivas campanhas de vacinação. Um pouco antes,
graças aos esforços da Organização Mundial de Saúde, o milenar vírus da varíola
foi praticamente exterminado. Com menos investimento em remédios e mais em
informação, surtos do vibrião do cólera também foram combatidos com êxito na
América Latina, inclusive no Brasil. Neste caso em especial, medidas básicas de
higiene foram o grande diferencial.
Sendo assim, é incontestável a
relevância da existência de ações preventivas, associadas, é claro, ao
tratamento de doenças. Por esse motivo, o Ministério da Saúde juntamente com
secretarias estaduais e municipais devem, conforme suas atribuições, investir
em pesquisa, produção e distribuição de vacinas e medicamentos, bem como no
treinamento de profissionais da saúde. Soma-se a isso a importância das
campanhas informativas e do engajamento social da mídia e das escolas, com
vistas a contribuir para a renovação de hábitos que impossibilitem ou, ao
menos, combatam mais eficazmente
endemias e epidemias.
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