A charge de Duke estabelece uma crítica à ideia e noção de impunidade a partir da relação de três quadrinhos. Os dois primeiros fazem alusão a casos recentes e notórios de negligência que ficaram sem punição. O primeiro trata do rompimento da barragem da mineradora Samarco, enquanto o segundo aborda a queda de um viaduto em Belo Horizonte em ocasião da Copa de 2014. Ambos são semelhantes no sentido de terem provocado mortes e vítimas. O terceiro quadrinho, contudo, rompe a expectativa dos dois primeiros eventos de flagrante impunidade, uma vez que o chargista interpreta o descobrimento do Brasil como um fato de injustiça que perduraria por 516 anos. Para validar essa ironia, Duke apresenta a imagem de um indígena, sugerindo que a impunidade se refere ao genocídio e etnocídio dos povos nativos, do qual, de certa forma, a maioria dos brasileiros é beneficiada.
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